CELULAR NAS ESCOLAS: Reino Unido toma atitude POLÊMICA

Saiba qual foi a última decisão do Reino Unido sobre os dispositivos na escola. A escolha causou debates sobre os limites do uso do celular.

O governo britânico confirmou nesta última segunda-feira (2) que vai proibir o uso de celulares nas escolas para “melhorar o comportamento”. Esta medida foi anunciada oficialmente pela ministra da Educação britânica, Gillian Keegan. Em resumo, de acordo com o comunicado oficial, as novas diretrizes proibirão o uso de aparelhos durante todo o dia letivo, inclusive nos intervalos.

Esta regra será adotada para aumentar a atenção nas aulas, reduzir distrações e combater “comportamento perturbador e assédio online”. Para Keegan, esta proibição apoia o trabalho árduo dos professores e as reformas do governo. Keegan disse ainda que a medida alinharia a Grã-Bretanha com outros países que implementaram proibições.

CELULAR NAS ESCOLAS: Reino Unido toma atitude POLÊMICA
Saiba a nova decisão do Reino Unido sobre smartphones nas escolas. (Créditos: Reprodução).

Regra pode ser nova lei

Se as instituições educacionais não puderem fazer mudanças, o comunicado do governo afirma que a proibição poderá se tornar lei no futuro. Nenhum prazo de adaptação foi anunciado. Vale ressaltar que esta prática cresce cada vez mais fortemente na Europa.

Por exemplo, a França está seguindo um caminho semelhante, segundo a Forbes, e a Itália também. Este é um grande avanço para garantir que os alunos possam trabalhar, aprender e crescer em um local livre de interferências de telefones celulares. As escolas que os proibiram relatam que os alunos estão mais seguros, mais felizes e mais capazes de se concentrar do que antes.

Tom Bennett, consultor de comportamento escolar, afirma que embora as regras sejam mais rígidas, haverá limites. Um exemplo é quando as crianças precisam de um telefone celular “por motivos médicos”. A proibição faz parte de um programa de investimento multimilionário para melhorar o comportamento nas escolas inglesas.

O que motivou a decisão?

De acordo com um inquérito do governo do Reino Unido, cerca de um terço (29%) dos alunos do ensino secundário afirmaram que os smartphones eram utilizados sem autorização durante a maior parte ou todas as aulas. Em Fevereiro de 2022, o Ministério chegou a dizer que novas regulamentações eram desnecessárias porque as escolas estavam tomando medidas disciplinares contra a utilização de smartphones nas aulas. Hoje, o governo mudou sua decisão.

O uso de celular na escola é permitido no Brasil?

No Brasil, o debate sobre a proibição do celular nas escolas começou com o PL 2.246-A em 2007. O texto ainda se refere a termos antigos como argumento. Um deles é a constante troca de SMS (ou “mensagens de texto”) que dificulta a interação entre os alunos. Porém, não existem leis que proíbam o uso de celulares nas escolas brasileiras.

Porém, alguns estados estão aplicando suas próprias regras sobre o assunto. Por exemplo, os alunos das escolas da rede municipal do Rio de Janeiro, não podem mais utilizar o celular nas aulas desde o mês passado. A prefeitura do Rio publicou um decreto regulamentando o uso de equipamentos nas escolas públicas.

Os telefones celulares agora devem ser armazenados e usados ​​para atividades educacionais somente com a permissão do professor. De acordo com o Decreto 53.019 de 2023, os celulares e outros aparelhos eletrônicos devem ser mantidos nas mochilas e bolsas dos alunos, desligados ou ligados no modo silencioso e sem vibração. Estes dispositivos não podem ser utilizados em sala de aula ou em atividades educativas fora da sala de aula, durante trabalhos individuais ou em grupo.

No entanto, os dispositivos ainda podem ser usados ​​para fins educacionais. Os professores podem permitir que os alunos utilizem o celular para pesquisar, ler ou até mesmo acessar materiais da RioEduca disponibilizados pela prefeitura ou outros conteúdos ou serviços. Se permitido, os alunos deverão utilizar o aparelho silenciosamente e de acordo com as instruções do professor. O uso de telefones celulares também é permitido para alunos com deficiência ou condições médicas que necessitem desses dispositivos para fins de monitoramento ou suporte.

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