Empresa vai TESTAR conexão entre satélite e celular no Brasil: ENTENDA

Veja como vai se realizar um teste de conexão no Brasil. Empresa pretende fazer avaliação profunda no país.

Como uma das empresas de satélite que desenvolveu o conceito de conexão direta entre um satélite e um dispositivo padrão como um smartphone (o chamado D2D ou conexão direta a um dispositivo), a Lynk é uma das empresas de satélite no Brasil a permitir testes da tecnologia no país. Atualmente a empresa negocia com as operadoras.

O gerente de operações da empresa, Daniel Dooley, participou nesta quinta-feira, 28,  último dia do Congresso Latino-Americano de Satélites, evento no Rio de Janeiro organizado pela Grasberg Comunicaes e TELETIME. Continue lendo e veja o que foi debatido na reunião.

Empresa vai TESTAR conexão entre satélite e celular no Brasil: ENTENDA
Confira o teste de conexão feito no Brasil. (Créditos: Reprodução).

Teste de conexão

A empresa espera que pelo menos duas das três principais operadoras nacionais peçam permissão à Anatel para testar a tecnologia da Link no Brasil, disse o CEO. 

A proposta da empresa é usar o espectro de parceiros sem fio para fornecer o que Dooley chama de “torres de celular no céu”. Tudo isso em um modelo de atacado semelhante ao acesso a redes de terceiros em roaming. A empresa opera três satélites LEO e planeja colocar mais dois artefatos em órbita este ano. Contudo, toda a operação requer várias centenas de satélites quadrados de aproximadamente 1 metro quadrado. 

A ideia é implantar recursos em locais onde é impossível instalar estações base de telefonia celular, como áreas montanhosas ou remotas. Do lado dos dispositivos, os smartphones tradicionais podem ser usados sem a necessidade de troca de hardware, e o sistema atualmente funciona em redes 2G e 4G para voz, SMS e, futuramente, dados.

Modelos D2D

A Lynk testa modelos D2D de dispositivos padrão desde 2017 e se considera o inventor desta tecnologia. A empresa também pretende realizar testes com a Anatel, possivelmente no Maranhão, até o final do ano. Existem planos para permitir tecnologias móveis até 5G, incluindo padrões de Internet das Coisas como NB-IoT, mas até agora o foco está em 2G e LTE.

A Dooley relata que mensagens de emergência em massa, conectividade de dispositivos  IoT e conectividade rural via SMS são os primeiros casos de uso viáveis.  “Acreditamos que podemos lidar com vídeo no futuro, mas isso dependerá da quantidade de espectro que nossos parceiros MNOs (operadores de redes móveis) fornecerem para vídeo”, explicou o diretor de Lynk. Ele também acrescentou que este trabalho está sujeito a requisitos regulatórios.

As chamadas de voz no modelo D2D já foram verificadas pela empresa, mas o tempo de antena ainda é questionável (atualmente as chamadas não ultrapassam 4 minutos).  Vale lembrar que, por enquanto, a empresa ainda não trabalha com o 5G.

Como funciona o 5G? 

A internet 5G é a quinta geração da internet móvel. Em poucas palavras, é a evolução das redes móveis 4G oferecidas pelas operadoras do país. Sua cobertura mais ampla e velocidades mais rápidas em seus dispositivos móveis significam uma navegação móvel mais veloz e eficiente. 

A tecnologia permite que as redes acomodem mais usuários simultaneamente sem comprometer a qualidade do sinal.  A vantagem está no aumento da estabilidade e velocidade na troca de informações entre dispositivos conectados. As redes 5G conectam-se às antenas existentes e funcionam simultaneamente com a tecnologia 4G através de ondas de rádio. Essa conexão propaga-se entre 600-700 MHz, 26-28 GHz e 38-42 GHz.  

Quão rápida é a internet?

As velocidades da conexão 5G variam entre 1 e 20 Gbit/s (gigabits por segundo), com média de pelo menos 100 Mbit/s (megabits por segundo) por pessoa. Para quem não sabe o que isso significa, uma conexão 4G no Brasil garante velocidade média de 12 Mbps. A Internet 5G é pelo menos 8 vezes mais rápida que a Internet 4G. 

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